Astério Pereira dos Santos, ex-secretário nacional de Justiça, foi preso nesta quinta-feira (5), em casa, no Leblon, em uma etapa da Lava Jato no Rio.
Até a última atualização desta reportagem, sete pessoas haviam sido presas. A força-tarefa tentava cumprir nove mandados de prisão.
A TV Globo apurou que contra Astério há suspeitas de pagamento de propina, de lavagem de dinheiro e de ter ajudado nafuca do empresário Arthur Cesar de Meneses Soares Filho, o Rei Arthur.
A PF afirma ainda que o esquema beneficiaria integrantes do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.
Outros alvos são o filho de Astério, Danilo Botelho dos Santos; Carlson Ruy Ferreira, apontado como sócio do ex-secretário; e um delegado da Polícia Civil do RJ.
O juiz Marcelo Bretas expediu ainda 32 mandados de busca e apreensão.
Da Seap ao Planalto
Astério, procurador aposentado do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), integrou o governo Temer em 2017. Assumiu em março e pediu demissão em novembro daquele ano.
Para ocupar o cargo federal, Astério se aposentou do MPRJ — condição em que perdeu o foro privilegiado. Com isso, o inquérito foi enviado para a primeira instância, onde Bretas atua.
Antes, esteve à frente da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) no governo Rosinha Garotinho, entre 2003 e 2006. É sobre a gestão das cadeias do RJ que versam as suspeitas de lavagem de dinheiro e de propina.