Na última segunda-feira (12), os Sindicatos de Asseio e Conservação de São Luís, Vigilantes e Vigias do Maranhão e trabalhadores das categorias, realizaram uma grande passeata até o Palácio do Leões, sede do executivo estadual, para reivindicar a revogação da Lei 11.928/2023, conhecida como a LEI DO CÃO.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os trabalhadores demonstraram sua insatisfação com a precarização da mão de obra e a retirada de vários direitos e benefícios conquistados ao longo da história.
Centenas de trabalhadores ficaram em concentração na Praça Deodoro e logo após percorreram as Ruas da Paz e João Lisboa até a porta do Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado. Durante a passeata, diversos discursos foram proferidos, enfatizando a importância da estabilidade no emprego e a valorização dos direitos trabalhistas.
Durante o ato, policiais militares, a mando do governador Carlos Brandão, tentaram impedir a passagem dos manifestantes. Em frente à sede do Governo Estadual, os sindicalistas protestaram contra o modelo de contratação e solicitaram o diálogo com o governador, mas não obtiveram êxito. Ainda no decorrer da manifestação, trabalhadores fecharam a Ponte José Sarney para tentar chamar atenção do Governo do Estado no intuito de negociar com os sindicatos a revogação da Lei.
Segundo o sindicalista Maxwell Bezerra, presidente do Sindicato de Asseio e Conservação de São Luís, foi um ato de muita luta e resistência dos trabalhadores. “Com essa manifestação, conseguimos avançar em alguns aspectos em relação a nossa pauta de reivindicações. Vamos continuar lutando para que haja mais avanços”.
Depois do ato de bravura dos trabalhadores, os sindicalistas foram recebidos pelo secretário-Chefe da Casa Civil do Maranhão, Sebastião Madeira, para dialogar sobre alguns esclarecimentos sobre a Lei vigente. Uma nova data de encontro com os sindicatos já foi marcada para alinhar as reivindicações dos trabalhadores.
Sobre a Contratação Temporária
Insistindo na mesma ideologia de precarização do trabalho, o governador Carlos Brandão e a ampla maioria dos deputados instituíram tal lei, que é usada de forma abusiva por empresas e órgãos públicos para evitar a contratação de funcionários efetivos. Além disso, há falta de garantias e estabilidade para os trabalhadores temporários, que muitas vezes são submetidos a condições precárias de trabalho e não têm acesso aos mesmos direitos e benefícios dos funcionários efetivos.
Informações do site seeacslz.com.br