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Presidente da EMAP anuncia fim da intervenção do governo na Serviporto

A intervenção que o governo do Estado realizou na empresa Serviporto no início do governo Flávio Dino está com os dias contados. Apontado por muitos como a causa que deu o início ao colapso no sistema de transporte aquaviário, a intervenção acabou com a empresa que tinha três ferry boats e hoje só possui um.

Em entrevista ao programa Ponto Continuando, da rádio 92,3 FM, o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Gilberto Lins, anunciou que o governo já decidiu pelo encerramento da intervenção e está negociando com a ServiPorto como devolver a ela a concessão do serviço.

“Quando assumimos recebemos esta empresa com uma intervenção do Estado. O governador não concorda com essa intervenção, mas também respeita. Eles nos cobra como desfazer essa intervenção. Se ela foi necessária em determinado momento, ok. Mas agora precisa acabar. Estamos negociando de maneira muito cautelosa com a empresa como terminar. O Estado não quer trazer instrumentos que possam significar insegurança jurídica para o empresário. Se o Estado tem uma prática de intervir, isso afasta investimento. Quem quiser investir no Maranhão terá sua liberdade e segurança jurídica garantida”, afirmou.

A ServiPorto possuía três embarcações: Cidade de Tutóia, Baía de São José e Cidade de Araioses. A intervenção estatal destruiu duas embarcações e hoje só possui uma: a Araioses.

Lembrando que o ferry Cidade de Pinheiro, da empresa Internacional Marítima, irá entrar em operação até o final do ano, colocando seis ferrys na Baía.

Ainda sobre o sistema, o presidente da afirmou que uma mudança que será implementada até o final do ano é sobre a venda de passagens, que deixará de ser feita pelas empresas pra ser realizada pela EMAP. “As mudanças virão. A primeira grande mudança é a venda de passagens. Estamos preparando o sistema onde a compra e venda de passagens, organização de filas, tudo será feito pela EMAP. Teremos vários pontos de vendas, com toda comodidade. Hoje cada empresa vende, do jeito que quer, com muito problema”, afirmou.

Também para aliviar o sistema de ferry boat, a EMAP falou do projeto do cais flutuante que inicialmente seria na Ponta d’Areia e que está estudo de implantação para funcionar na Ponta da Espera. Assim, pessoas que teriam condições de ter um carro em São Luís e outro na baixada, poderiam atravessar de Catamarã e pegar outro carro no Cujupe em uma viagem muito mais rápida. “Estamos com os projetos prontos, as licitações e está muito mais próximo do que imaginam”.

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