
Em missão histórica nesta quarta-feira (23), a Índia se tornou o 1º país a pousar no lado escuro da Lua, região inexplorada que fica no polo sul do satélite.
Em transmissão ao vivo, os indianos exibiram uma representação gráfica da sonda descendo na Lua (veja no vídeo acima).
“Conseguimos pouso suave na Lua, a Índia está na Lua”, disse Sreedhara Panicker Somanath, presidente da Indian Space Research Organisation (ISRO), uma espécie de “Nasa” indiana.
Água na lua
A superfície lunar é um terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes, além de não receber luz solar, levando a temperaturas extremamente baixas, que chegam a -203°C, e tornando muito difícil operar os equipamentos de exploração. Dessa forma, um pouso suave significa que o módulo não foi destruído.
A Índia busca explorar a Lua – com a missão chamada Chandrayaan-3 – porque a primeira viagem espacial desse projeto, que ocorreu em 2008, detectou a presença de água na superfície lunar.
“Ainda precisamos de muito mais detalhes sobre onde e quanta água existe, e saber se toda ela está congelada“, explica Akash Sinha, professor de robótica espacial na Universidade Shiv Nadar University, perto de Delhi, à BBC.
A exploração da superfície das regiões polares da Lua, compostas de rochas e solo, também pode dar respostas sobre a formação do Sistema Solar.
Missões anteriores
O objetivo do país se tornou explorar a Lua com o menor custo possível. Isso porque a segunda missão, que ocorreu em 2019 e deu errado (o foguete explodiu no pouso), custou US$ 140 milhões, enquanto a desta manhã foi de um pouco mais de US$ 80 milhões. A primeira, em 2009, foi em torno de US$ 79 milhões.
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