A rede de cinemas Cinesystem declarou, nesta quarta-feira (15), que não foi informada sobre o dia ou a hora exatos em que, os trabalhos de manutenção no telhado, seriam realizados no Rio Anil Shopping em São Luís. Uma das salas do cinemas, localizada no empreendimento, pegou fogo matando duas pessoas e deixando 21 feridas.
Imagens mostraram o momento em que funcionários aplicavam uma manta asfáltica no telhado, minutos antes do início das chamas. Em nota, o Cinesystem disse que chegou a receber um e-mail sendo informado da manutenção no telhado do shopping, no trecho entre as salas 2 e 3 do cinema, sendo finalizado em quatro dias.
O Rio Anil Shopping informou somente que a manutenção iria acontecer a partir de 6 de março e que não foi explicado como o trabalho seria executado, quais seriam os riscos ou se haveria necessidade de interrupção das operações nas salas de exibição durante o procedimento.
Uma cópia do e-mail enviado pelo Rio Anil ao Cinesystem foi enviado às autoridades que trabalham na investigação do caso.
De acordo com o Cinesystem, o cinema segue colaborando com a investigação e espera ter, o mais rápido possível, as causas do incidente esclarecidas. O cinema informou que, um representante da empresa, vem realizando visitas com o auxílio de uma psicóloga às famílias das vítimas do incêndio.
Nota completa do Cinesystem sobre o incêndio no Rio Anil Shopping:
“Informamos ainda que, já foi encaminhado às autoridades competentes cópia de e-mail enviado pelo Rio Anil Shopping informando que aconteceria uma manutenção no telhado do empreendimento, no trecho entre as salas 2 e 3 do cinema. A comunicação dizia que a tal manutenção aconteceria “a partir” daquele dia, 06 de março, e que o serviço seria finalizado em quatro dias.
Contudo, não há na mensagem enviada por e-mail à Cinesystem o dia ou hora exatos que os trabalhos seriam realizados. O e-mail também não explica a forma como seria executado. Não havia, ainda, nenhuma orientação sobre quaisquer riscos ou recomendação de necessidade de interrupção das operações nas salas de exibição”, disse o cinema.
Clodoaldo Corrêa
